quinta-feira, 30 de maio de 2013

"Problemas teóricos e práticos do crescimento econômico"

PREBISCH, Raul (1952). "Problemas teóricos e práticos do crescimento econômico". Item I (“O progresso técnico dos centros industrializados e a demanda de produtos primários”). In: BIELSCHOWSKY, Ricardo. (org.) Cinquenta anos de pensamento na CEPAL. vol. I. Rio de Janeiro, Cofecon-Cepal; Record, 2000, vol. I, pp. 181-5.

Proposições teóricas:
- A industrialização é a forma de crescimento imposta pelo progresso técnico nos países latino-americanos
- esse crescimento da economia traz consigo algumas tendências persistentes de desequilíbrio externo. Esses desequilíbrios são causados por conta das formas de produzir e da demanda e do modo como a população ativa se distribui para satisfazer essa demanda interna e externa.

“Em geral, o progresso técnico foi reduzindo a proporção em que os produtos primários intervêm no valor dos produtos finais” (p. 182) Razões que explicam esse fato são as transformações técnicas que diminuem a proporção das matérias-primas no produto final; avanços técnicos melhora o uso das matérias e similares; e materiais sintéticos. “Assim, as inovações técnicas foram o fator dinâmico que provocou as mudanças mais notáveis na demanda” (p. 183). Consequentemente há nova busca de formas de atender às necessidades dos indivíduos. Um aumento na renda não significa aumento do consumo de produtos primários e cresce a demanda de serviços. Além disso, os centros intensificam sua produção de produtos primários o que os permite até competir com a periferia no mercado externo. Ademais, o centro protege sua produção. Quanto a isso, Prebisch admite que “o protecionismo do centro simplesmente acentua o deslocamento obrigatório da população periférica da produção primária para a secundária e os serviços, pois esse deslocamento, em última instância, é resultante da propagação do progresso técnico” (p. 184).


“Daí a necessidade dinâmica da industrialização, para que o crescimento da economia possa realizar-se num ritmo superior ao do crescimento das exportações primárias. A industrialização absorve uma parte da população disponível e contribui para que uma outra parte seja absorvida em atividades correlatas, como os transportes e o comércio, que se desenvolvem paralelamente” (p. 185)

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