quinta-feira, 30 de maio de 2013

O Manifesto Comunista

O Manifesto Comunista – Marx e Engels
Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2011

“A burguesia não pode existir sem revolucionar, constantemente, os instrumentos de produção e, desse modo, as relações de produção e, com elas, todas as relações da sociedade” (p. 14)

Ela precisa expandir seu mercado, explorar o mercado mundial. Por meio dessa exploração ela deu um “caráter cosmopolita” para a produção e para o consumo em todo o mundo. Destruiu as indústrias nacionais antigas e impõe a necessidade de um consumo de bens e insumos que seja global e interdependente. Ela arrasta as nações para a civilização. “Cria um mundo a sua imagem” (p. 15). Ela criou a dependência do campo pela cidade, das nações barbaras pelas civilizadas, o país pela cidade, o Oriente pelo ocidente.

Proveniente do sistema feudal, a burguesia não aboliu os antagonismos das classes, só os simplificou. No lugar de estados ou estamentos, resumiu a luta entre duas classes: burguesia e proletariado. Ela removeu as relações de propriedade feudais e colocou em seu lugar a livre concorrência.

Marx e Engels criticam a superprodução do sistema burguês e apontam ele como sendo a causa de crises. Além disso, os autores dizem que as crises não são solucionadas, pelo contrário, por meio da conquista de novos mercados e da destruição da massa de forças produtivas, abre caminho para crises mais extensas e mais destrutivas. “As armas [produtos com preços baixos], com as quais a burguesia abateu o feudalismo, voltaram-se contra a própria burguesia” (p. 17) e, com isso, criou seu próprio assassino: o proletariado.

“Em virtude do uso extensivo de maquinarias e da divisão do trabalho, o trabalho dos proletários perdeu todo o seu caráter individual e, em consequência, todo o estímulo para o trabalhador. Ele se torna um apêndice da máquina e dele só é exigida a habilidade mais simples, mais monótona e mais facilmente adquirida” (p. 18) E o avanço das maquinas também propiciou a incorporação das mulheres e crianças no exército industrial, uma vez que as habilidades e força requeridas ficaram cada vez menores e insignificantes.

No Manifesto, Marx e Engels falam sobre a revolução do proletariado. Neste trecho eles resumem as condições essenciais da ascensão e queda do capitalismo: “A condição essencial para a existência e para o poder da classe burguesa é a formação e o crescimento de capital. A condição para o capital é o trabalho assalariado. O trabalho assalariado fundamenta-se exclusivamente na competição entre os trabalhadores. O avanço da indústria, cujo promotor involuntário é a burguesia, substitui o isolamento dos trabalhadores, em virtude da competição, pela combinação revolucionária, devido à associação. O desenvolvimento da indústria moderna, portanto, tira de sob seus pés a própria fundação sobre a qual a burguesia produz e apropria-se de produtos. O que a burguesia, portanto, produz, acima de tudo, é seus próprios coveiros. A sua queda e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis” (p. 24)


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