quinta-feira, 30 de maio de 2013

“Desenvolvimento do capital monopolizador”

SWEEZY, Paul. (1942). Teoria do desenvolvimento capitalista. Rio de Janeiro, Zahar, 1985. Cap. 14, “Desenvolvimento do capital monopolizador”.

As mudanças no capital orgânico e a geração de excedente para Marx é uma oposição à ideia clássica de trocas como naturais e a distribuição da renda. Marx mostra que não são processos naturais, porém, determinados historicamente com suas próprias leis. As consequências previstas por Marx para a lei geral da acumulação eram a concentração do capital (sinônimo de acumulação crescente) que caminha com uma produção em escala maior, e a centralização. Uma ressalva sobre a concentração considera um elemento isolado e sua acumulação crescente.

A centralização pressupõe uma mudança na distribuição dos capitais. É uma forma de o capital produtivo mais flexível em formas moveis e fixas do ponto de vista das emissões de assunto. A crise de 1873 a 1896 trouxe a centralização com a absorção dos capitalistas menores e quebrados pelos maiores. Outro processo que contribuiu para a centralização foi a criação das sociedades anônimas, que existia desde o século XVI e supõe a fusão das empresas. O primeiro processo, consequência dessa crise, resulta, no limite, nos monopólios que surgem com a apropriação de empresas que se prejudicaram com a crise.

A concentração e a centralização afetam a composição orgânica do capital – instrumento usado na concorrência para eliminar empresas no mesmo mercado a partir do aumento da produtividade. A mudança da composição orgânica do capital elimina a concorrência e caminha para a centralização.

A propriedade privada assume a forma de uma propriedade coletiva, um capital social, com a centralização. Todo o processo aumenta a escala da produção do excedente pelo modo mais simples pela concentração ou pelo modo selvagem, a centralização.

Sociedades anônimas são a união de capitalistas menores em um conjunto maior. Para Marx, as companhias ferroviárias não teriam existido sem as sociedades anônimas. As SAs assuem relações distintas dependendo do país onde é formada: na Inglaterra elas eram financiadas por indivíduos, já na Alemanha o financiamento vinha dos bancos.

Acordos tácitos entre empresas são observados nas crises, depois da segunda revolução industrial que envolveu a indústria pesada e dependia de grandes capitais. Os acordos são definidos entre grandes indústrias estipulando cotas de produção ou coordenação do preço, com ou sem respaldo do Estado. Os acordos podem ser informais, pool, trustes, cartéis ou fusões.


Os bancos para Sweezy, ao criticas Hilferding, assumem grande importância como principais acionistas das empresas – uma posição que se fortaleceu entre 1890 a 1910. Também são os financiadores da indústria.

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